sexta-feira, 5 de julho de 2013

Análise de pontos de função



A Análise de Pontos de Função (APF) é um método-padrão para a medição do desenvolvimento de software, visando estabelecer uma medida de tamanho do software em Pontos de Função (PFs), com base na funcionalidade a ser implementada, sob o ponto de vista do usuário.
Os objetivos da APF são:
·         Medir a funcionalidade solicitada pelo usuário, antes do projeto de software, de forma a estimar seu tamanho e seu custo;
·         Medir projetos de desenvolvimento e manutenção de software, independentemente da tecnologia utilizada na implementação, de forma a acompanhar sua evolução;
·         Medir a funcionalidade recebida pelo usuário, após o projeto de software, de forma a verificar seu tamanho e custo, comparando-os com o que foi originalmente estimado;
·         Medir as funcionalidades do sistema requisitadas e recebidas pelo usuário;
·         Medir projetos de desenvolvimento e manutenção de software, sem se preocupar com a tecnologia que será utilizada na implementação.
Quantifica o produto do trabalho de desenvolvimento e manutenção de sistemas no que diz a respeito de funções efetivamente entregues ao usuário final, independente da metodologia e ferramentas utilizadas.
Define uma medida utilizada para determinar o tamanho de uma aplicação. Ela se baseia nas funções executadas pela aplicação do ponto de vista do usuário.
Funções de dados: representam as funcionalidades relativas aos requisitos de dados internos e externos à aplicação.
·         Arquivos Lógicos Internos (ALI): Grupo lógico de dados do ponto de vista do usuário cuja manutenção é feita internamente na aplicação (são as tabelas do banco de dados).
·         Arquivos de Interface Externa (AIE): Grupo lógico de dados que passa de uma aplicação para outra cuja manutenção pertence a outra aplicação. Ex.: WebService (SOA); nota fiscal eletrônica (dados são adicionados ao banco de dados da Receita Federal).
Funções transacionais: representam as funcionalidades de processamento de dados do sistema fornecidas para o usuário.
·         Entradas Externas (EE): Processo elementar que processa os dados ou informações de controle vindos de fora da fronteira da aplicação. A principal intenção de uma EE é manter um ou mais ALI e/ou alterar o comportamento do sistema. A criação de EE requer várias Consultas Externas (possivelmente), como EE para recuperar dados do cliente e EE para recuperar a lista de produtos. Ex.: formulários de cadastro.
·         Saídas Externas (SE): Processo elementar que gera dados ou informações de controle que saem da fronteira da aplicação. O principal objetivo de uma SE é apresentar dados ao usuário por meio de lógica de processamento que não seja apenas recuperação dados. A lógica de processamento deve obrigatoriamente conter ao menos uma fórmula matemática ou cálculo, ou criar dados derivados. Podem também manter um ou mais ALIs e/ou alterar o comportamento do sistema. Ex.: relatórios contendo totalizações de dados; relatórios que também atualizam arquivos; consulta com apresentação de dados derivados ou cálculos; geração de arquivos de movimento para outra aplicação; informações em formatos gráficos. Não são exemplos: consultas e relatórios sem nenhum totalizador, que não atualiza ALI, não tem dado derivado ou modificam o comportamento do sistema; dois relatórios iguais, apenas com distinção de ordenação.
·         Consulta Externa (CE): Processo elementar que envia dados ou informações de controle para fora da fronteira da aplicação. O principal objetivo de uma CE é apresentar informação ao usuário por meio de uma simples recuperação de dados de ALIs e/ou AIEs. A lógica de processamento não deve conter fórmula matemática ou cálculo, criar dados derivados, manter um ou mais ALI e/ou alterar o comportamento do sistema.
Procedimento para a medição
1.       Identificar e enumerar as funções da aplicação: número de EE, SE, ALI, AIE e CE;
2.       Classificar cada uma das funções identificadas no seu nível de complexidade: simples, médio ou complexo;
3.       Cálculo de Pontos de Função Brutos ou Não Ajustados (PFB);
4.       Determinação do FA (Fator de Ajuste) através dos NI (Níveis de Influência) pela fórmula FA = 0,65 + (0,01 * NI);
5.       Cálculo dos Pontos de Função Ajustados (PFA) determinado pela fórmula PFA = PFB * FA;
6.       A partir do PFA é possível fazer as verificações para determinar o tamanho da equipe, custo e prazo do software.

Níveis de Influência
1.       Comunicação de dados
2.       Funções distribuídas
3.       Desempenho
4.       Carga de configuração
5.       Volume de transações
6.       Entrada de dados on-line
7.       Eficiência do usuário final
8.       Atualização on-line
9.       Processamento complexo
10.   Reutilização
11.   Facilidade de implantação
12.   Facilidade operacional
13.   Múltiplos locais
14.   Facilidade de mudança


0 = Não existe nenhuma influência
1 = Pouca influência
2 = Influência moderada
3 = Influência média
4 = Influência significativa
5 = Grande influência
Tipo de Função
Nº de ocorrências


Complexidade Total
ALIs
4
Simples
X 7 =
28
0
Média
X 10 =
0
0
Complexa
X 15 =
0
Subtotal = 28
AIEs
4
Simples
X 5 =
20
0
Média
X 7 =
0
0
Complexa
X 10 =
0
Subtotal = 20
EEs
4
Simples
X 3 =
12
2
Média
X 4 =
8
1
Complexa
X 6 =
6
Subtotal = 26
SEs
4
Simples
X 4 =
16
2
Média
X 5 =
10
0
Complexa
X 7 =
0
Subtotal = 26
CEs
5
Simples
X 3 =
15
0
Média
X 4 =
0
0
Complexa
X 6 =
0
Subtotal = 15
Total de Pontos de Função Brutos (não ajustados) = 115

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