A Análise de
Pontos de Função (APF) é um método-padrão para a medição do desenvolvimento de
software, visando estabelecer uma medida de tamanho do software em Pontos de
Função (PFs), com base na funcionalidade a ser implementada, sob o ponto de
vista do usuário.
Os objetivos
da APF são:
·
Medir a funcionalidade solicitada pelo usuário,
antes do projeto de software, de forma a estimar seu tamanho e seu custo;
·
Medir projetos de desenvolvimento e manutenção
de software, independentemente da tecnologia utilizada na implementação, de
forma a acompanhar sua evolução;
·
Medir a funcionalidade recebida pelo usuário,
após o projeto de software, de forma a verificar seu tamanho e custo,
comparando-os com o que foi originalmente estimado;
·
Medir as funcionalidades do sistema requisitadas
e recebidas pelo usuário;
·
Medir projetos de desenvolvimento e manutenção
de software, sem se preocupar com a tecnologia que será utilizada na
implementação.
Quantifica o
produto do trabalho de desenvolvimento e manutenção de sistemas no que diz a
respeito de funções efetivamente entregues ao usuário final, independente da
metodologia e ferramentas utilizadas.
Define uma
medida utilizada para determinar o tamanho de uma aplicação. Ela se baseia nas
funções executadas pela aplicação do ponto de vista do usuário.
Funções de dados: representam as
funcionalidades relativas aos requisitos de dados internos e externos à
aplicação.
·
Arquivos
Lógicos Internos (ALI): Grupo lógico de dados do ponto de vista do usuário
cuja manutenção é feita internamente na aplicação (são as tabelas do banco de
dados).
·
Arquivos
de Interface Externa (AIE): Grupo lógico de dados que passa de uma
aplicação para outra cuja manutenção pertence a outra aplicação. Ex.:
WebService (SOA); nota fiscal eletrônica (dados são adicionados ao banco de
dados da Receita Federal).
Funções transacionais: representam as funcionalidades de
processamento de dados do sistema fornecidas para o usuário.
·
Entradas
Externas (EE): Processo elementar que processa os dados ou informações de
controle vindos de fora da fronteira da aplicação. A principal intenção de uma
EE é manter um ou mais ALI e/ou alterar o comportamento do sistema. A criação
de EE requer várias Consultas Externas (possivelmente), como EE para recuperar
dados do cliente e EE para recuperar a lista de produtos. Ex.: formulários de
cadastro.
·
Saídas
Externas (SE): Processo elementar que gera dados ou informações de controle
que saem da fronteira da aplicação. O principal objetivo de uma SE é apresentar
dados ao usuário por meio de lógica de processamento que não seja apenas
recuperação dados. A lógica de processamento deve obrigatoriamente conter ao
menos uma fórmula matemática ou cálculo, ou criar dados derivados. Podem também
manter um ou mais ALIs e/ou alterar o comportamento do sistema. Ex.: relatórios
contendo totalizações de dados; relatórios que também atualizam arquivos;
consulta com apresentação de dados derivados ou cálculos; geração de arquivos
de movimento para outra aplicação; informações em formatos gráficos. Não são
exemplos: consultas e relatórios sem nenhum totalizador, que não atualiza ALI,
não tem dado derivado ou modificam o comportamento do sistema; dois relatórios
iguais, apenas com distinção de ordenação.
·
Consulta
Externa (CE): Processo elementar que envia dados ou informações de controle
para fora da fronteira da aplicação. O principal objetivo de uma CE é
apresentar informação ao usuário por meio de uma simples recuperação de dados
de ALIs e/ou AIEs. A lógica de processamento não deve conter fórmula matemática
ou cálculo, criar dados derivados, manter um ou mais ALI e/ou alterar o
comportamento do sistema.
Procedimento para a medição
1. Identificar
e enumerar as funções da aplicação: número de EE, SE, ALI, AIE e CE;
2. Classificar
cada uma das funções identificadas no seu nível de complexidade: simples, médio
ou complexo;
3. Cálculo
de Pontos de Função Brutos ou Não Ajustados (PFB);
4. Determinação
do FA (Fator de Ajuste) através dos NI (Níveis de Influência) pela fórmula FA =
0,65 + (0,01 * NI);
5. Cálculo
dos Pontos de Função Ajustados (PFA) determinado pela fórmula PFA = PFB * FA;
6. A
partir do PFA é possível fazer as verificações para determinar o tamanho da
equipe, custo e prazo do software.
Níveis de Influência
1. Comunicação
de dados
2. Funções
distribuídas
3. Desempenho
4. Carga
de configuração
5. Volume
de transações
6. Entrada
de dados on-line
7. Eficiência
do usuário final
8. Atualização
on-line
9. Processamento
complexo
10. Reutilização
11. Facilidade
de implantação
12. Facilidade
operacional
13. Múltiplos
locais
14. Facilidade
de mudança
|
0 = Não existe nenhuma influência
1 = Pouca influência
2 = Influência moderada
3 = Influência média
4 = Influência significativa
5 = Grande influência
|
Tipo de Função
|
Nº de ocorrências
|
|
|
Complexidade Total
|
ALIs
|
4
|
Simples
|
X 7 =
|
28
|
0
|
Média
|
X 10 =
|
0
|
|
0
|
Complexa
|
X 15 =
|
0
|
|
Subtotal = 28
|
||||
AIEs
|
4
|
Simples
|
X 5 =
|
20
|
0
|
Média
|
X 7 =
|
0
|
|
0
|
Complexa
|
X 10 =
|
0
|
|
Subtotal = 20
|
||||
EEs
|
4
|
Simples
|
X 3 =
|
12
|
2
|
Média
|
X 4 =
|
8
|
|
1
|
Complexa
|
X 6 =
|
6
|
|
Subtotal = 26
|
||||
SEs
|
4
|
Simples
|
X 4 =
|
16
|
2
|
Média
|
X 5 =
|
10
|
|
0
|
Complexa
|
X 7 =
|
0
|
|
Subtotal = 26
|
||||
CEs
|
5
|
Simples
|
X 3 =
|
15
|
0
|
Média
|
X 4 =
|
0
|
|
0
|
Complexa
|
X 6 =
|
0
|
|
Subtotal = 15
|
||||
Total de Pontos de Função
Brutos (não ajustados) = 115
|
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